sexta-feira, 23 de outubro de 2009

IMPRESSIONANTE, to say the least...!!

Hoje recebi "ISTO" na minha caixa de inbox! ATERROU CATRAPUM!!!!!!!! Vale a pena reflectir... As cores fui eu que adicionei. Boa Leitura!


"Desde há uns tempos que ando a "explorar" os seus sites (tanto no seu blog pessoal como no consultório de nutrição). Não posso, antes de mais, deixar de elogiá-la, pela enorme generosidade que é colocar na internet tanta informação que tem ao seu dispor, como especialista, e pô-la ao dispor de todos aqueles que a queiram consultar. Não só generosidade, revela também uma enorme paixão por aquilo que faz, o que nos dias de hoje é um bem escasso, e uma grande essência diferenciadora daquilo que é normalmente a posição, aliás provinciana, da maioria dos portugueses: não revelar o "segredo" (por exemplo, tão visível na divulgação das suas melhores receitas: é sempre segredo!), o que, como é óbvio, em nada tem vantagens: ao deixarmos algo em segredo, impedimos a sua própria evolução e, mais importante, impedimos o contributo que daríamos aos outros (noção que, tal como a paixão pelo que fazemos e como a água, também está, infelizmente, a escassear, a perder-se).

Ao navegar pelos seus blogs, não pude, como é óbvio, deixar de ver o seu debate com a Drª Isabel do Carmo. Não pude deixar de ficar chocada com a posição tão céptica, retrógrada e de alguém com a mente absolutamente fechada, que foi a da Drª Isabel, que tinha e continuo a ter (embora com menos fulgor) como uma pessoa esclarecida sobre o assunto. É óbvio, para todos aqueles minimamente esclarecidos, que a Vitamina B12 não está presente em nenhum alimento vegetal. No entanto, um vegan, alguém com fortíssimas razões éticas, ecológicas e mesmo de saúde, sabe perfeitamente desse facto e é por isso que tem o cuidado de ingeri-la noutros alimentos, como o leite de soja, os CornFlakes ou milhares de outros. Agora, não me venham dizer que ingerir outros alimentos enriquecidos com vitamina B12 é uma distorção da natureza: em primeiro lugar, os vegans distorcem muito menos a natureza que os omnívoros, que, por acaso, também comem CornFlakes; em segundo lugar, distorção da natureza é o que a humanidade está a fazer ao planeta; em terceiro lugar, distorção da natureza é o modo como os animais são criados; em quarto lugar, é a forma como a maioria da população come em Portugal, e não me venham dizer que já todos sabem disso, que o culto da magreza é algo das revistas (até porque não se trata da magreza ou estética, razão pela qual a maior parte das mulheres que emagrecer, mas sim de saúde, de termos uma maior qualidade de vida, de respeitarmo-nos a nós mesmos, aos outros e àquilo que nos rodeia) ou que não é assim tão má, comparando com o que acontece nos EUA, porque eu tenho 15 anos, ando na Escola Secundária (...), e sei que a maioria dos alunos vai comer ao McDonalds ou a outro tipo de "restaurantes" fast food, todos os dias, e o pior não é o agora, é o que está para vir, porque quando esta população crescer e for parte essencial da nossa sociedade (vai ter de criar os seus filhos e cuidar dos seus pais), vai ser uma população sem condições para isso, vai ser uma população doente, com péssimos hábitos e contrária a tudo aquilo em que acreditamos e acreditámos até hoje. Esta e as próximas gerações, como todas as outras, vão ser responsáveis pela continuação da espécie, do ser humano, de tudo aquilo que ele representa, desde o relacionarmo-nos uns com os outros ao desejo de evoluir, de sermos melhores, a diferença é que não vai estar em condições para isso. Não só em termos de saúde, mas em toda a restante mentalidade, o ser humano, ao negar tudo aquilo que foi, que é e que o define, está a perder-se.

Voltando à questão principal (tendo a divagar, sempre que falo disto e de tudo o resto, tal é a minha "doença" por querer saber mais, por discutir ideias), eu, pessoalmente, recomendaria à Drª Isabel do Carmo ver esse grande programa sobre a alimentação, na minha opinião é mesmo o melhor acerca do tema, que é o "The Truth About the Food" (não sei se viu esta série de episódios da BBC que contou com os melhores especialistas do mundo sobre o tema, com a tecnologia mais avançada e com imensas experiências com mais de 500 voluntários, mas logo no primeiro episódio vem uma experiência com vegetais e seres humanos pouco saudáveis).

Pessoalmente, não sei se já reparou, mas interesso-me por este tipo de assuntos, e tenho uma filosofia: eu como todos os alimentos presentes na roda dos alimentos, mais ou menos nas proporções certas, incluindo a carne, até porque nós somos supostos, como animal que somos, comer carne e, se não o fizermos estamos a alterar toda uma cadeia alimentar. A questão é que, actualmente, já não estamos dentro da cadeia alimentar suposta, devido a toda a cruel e pouco humana criação de animais para consumo, é por isso que defendo a ingestão de carne de agricultura biológica, criada como deveria ser. Se não a podermos ingerir tantas vezes por ser mais cara, ainda bem, porque ao ingerirmos boa carne, mas menos vezes, e ao recorrermos ao peixe, aos vegetais e às alternativas vegetarianas, estamos a contribuir para uma melhor saúde, para um melhor ambiente e para um planeta mais ético e respeitador. Defendo, por isso uma dieta mediterrânica (com base na pirâmide mediterrânica original, não a alterada pelo lobby dos produtores de carne dos EUA), em que se privelegiam os cereais integrais, as hortícolas, a fruta, os frutos secos, o peixe, os produtos lácteos, o azeite os ovos e, mais raramente, a boa carne. Nesta dieta mediterrânica podemos e devemos incluir alguns pratos vegetarianos.

Actualmente, já passei aquela fase da mania das dietas, e procuro que o que coma responda afirmativamente a estas duas questões:
- A minha trisavó reconheceria este alimento como comida?
- Este alimento apodrece?
(sim, alguns alimentos, nunca passam do prazo de validade! Podemos comê-lo agora ou daqui a sete anos)

Assim, respeito todos os regimes alimentares, desde o veganismo, até à dieta mediterrânica, passando pela raw foodism e pelo ovolactovegetarianismo e por aqueles que apenas excluem a carne.

No entanto, e é aqui que gostaria de ter a sua ajuda, estou a ter algumas dificuldades em seguir as minhas duas perguntas quando faço snakcs à tarde, como fruta e iogurtes naturais, mas não resisto a algumas bolachas (normalmente como aquelas de fibra), por isso gostaria que me indicasse alguns snacks que possa fazer e que sejam saudáveis, deliciosos (adoro comer boa comida, é sem dúvida um dos maiores prazeres da vida) e saciantes. Por outro lado gostaria que me desse outras ideias de receitas com aveia para o pequeno-almoço sem ser as papas de aveia, que não gosto muito.

Um abraço, de quem a admira
Maria"

1 comentário:

Teresa disse...

Quem aos 15 anos tem esta perspectiva da vida, tem certamente um futuro brilhante pela frente. Parabéns à autora pela clareza com que se exprime, pelas ideias que defende, pela forma determinada como segue os seus princípios.
E parabéns a quem nos oferece regularmente informação e motivação para podermos seguir sempre (ou quase sempre) por bom caminho.
Obrigada, Madalena! :o)